Angola: Lei de imprensa aguarda
regulamentação há seis anos
O Dia Mundial da Liberdade da
Imprensa em Angola foi marcado por três declarações: a oficial, a do Conselho
Nacional da Comunicação Social e a do Sindicato dos Jornalistas.
A oficial que considera ter
havido evolução e deixa um apelo aos jornalistas para o respeito as normas
deontológicas e de exercício da profissão por parte dos jornalistas;
A declaração do Conselho
Nacional da Comunicação Social que insta a midia publica a proporcionar
abertura com diversidade aos actores políticos.
Finalmente a Declaração do
Sindicato que reflecte com preocupação a realidade que Angola vive neste sector
de concretização de democracia.
Diz o SJA-Sindicato dos
Jornalistas, citamos, “a realidade mediática angolana tem estado a evoluir de
forma contraditória e nem sempre consentânea com o seu papel de alavanca das
transformações sociais”.
O Sindicato admite que haja
transformações que estão a ocorrer na paisagem sócio-política, ao mesmo que
assinala a necessidade de mais liberdade, independência e pluralidade, para que
a imprensa desempenhe seu papel social.
Quinta-feira e em parceria com
a Embaixada Americana, o Sindicato realizou uma vídeo-conferência. De um lado
estiveram jornalistas angolanos e do outro estiveram moçambicanos.
Tratou-se dum momento de troca
de experiência sobre duas realidades que têm muito em comum, até no modo como o
incumprimento das leis se processa nos dois países.
Angola que ocupa a 138ª posição
no ranking da RSF da liberdade de imprensa equivalente ao período 2011/12.
Numa escala de 1-10 em que
posição situaria o país (?) tendo em conta aquilo que postula a Declaração de
Windhoek …Pergunta colocada a Luísa Rogério, secretária-geral do Sindicato dos
Jornalistas Angolanos.
A responsável disse que a
questão da liberdade de imprensa não podia ser vista na base dos números:
“A Declaração de Windhoek
continua a ser o barómetro, continua a ser o farola, continua a ser a grande
referência em termos de liberdade de imprensa. Nalguns assuntos diria que
estamos em seis, de um modo geral estamos no meio, porque ainda temos muito que
percorrer, mas acho que há um retrocesso ao nível de liberdade de expressão
reflectida nos meios de comunicação social em geral, independentemente de serem
públicos ou privados.”
O Executivo continua a não
regulamentar a lei de imprensa o que tem sido visto como factor de
estrangulamento da democracia. No ano passado submeteu a debate público um
pacote de leis, que complementariam aquele instrumento fundamental.
De lá pra cá nada foi feito.
Quando é interpelada sobre este assunto, a ministra Carolina Cerqueira diz que
os documentos foram remetidos ao Conselho de Ministros.
Confrontada com esta situação
concreta, Luísa Rogério disse tratar-se dum desgaste que o governo procura fazer:
“Porque na verdade a lei de
imprensa previa um prazo de 90 dias para a sua regulamentação, mas a lei
aprovada a 15 de Maio de 206 vai fazer agora seis anos e a verdade e que
continua sem regulamentação.”
Fonte:http://www.voanews.com/portuguese/news/05_03_2012_press_freedom_luanda_voa_news-150054045.html
Fonte:http://www.voanews.com/portuguese/news/05_03_2012_press_freedom_luanda_voa_news-150054045.html
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