Nelson
Pestana diz que nova atitude da CEDEAO permitirá aos militares enfraquecer o
"poder hegemónico" de Carlos Gomes Júnior
O
analista angolano Nelson Pestana “Bonavena” afirma que o recuo da CEDEAO na
Guiné-Bissau se deve ao facto de aquela organização regional recear ser
derrotada numa intervenção militar no país.
A
CEDEAO, Comunidade dos Estados da África Ocidental, respondeu ao golpe na
Guiné-Bissau, exigindo, no mês passado, o retorno imediato à ordem
constitucional.
Posteriormente,
contrariando a ONU, a União Africana e a CPLP, a CEDEAO passou a solução da
crise para o parlamento guineense, que se encontra, para todos os efeitos, sob
o controle dos militares.
E
abandonou a exigência de retorno do país à ordem constitucional – exigência
que, inicialmente, se dispunha a impor pela força. Nelson Pestana, do Centro de
Estudos Científicos da Universidade Católica Angolana, disse, numa entrevista à
VOA, que a CEDEAO teve medo das consequências de uma intervenção militar.
Após
um discurso inicial “peremptório e musculado” a organização regional “percebeu
que poderia cair numa armadilha – ver-se perante a resistência dos militares e
um confronto armado para o qual a CEDEAO não está preparada e poderia
traduzir-se num verdadeiro desastre militar” para qualquer força que
interviesse”.
Fonte: VOA
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