sábado, 25 de setembro de 2010

COMO E PORQUE SURGIU O BLOCO DEMOCRÁTICO



 Convidamos todas as cidadãs e cidadãos angolanos (chamando a atenção à juventude, aos defensores da democracia e dos Direitos Humanos, aos nacionalistas angolanos, aos angolanos que na diáspora sentem o desprezo e completo abandono do regime do MPLA):
- que leiam os segmentos da nossa história,  os nossos documentos e as nossas posições;
- que apresentem as suas opiniões e críticas (sempre que possível e queiram);
- aqueles que se revêem nas suas posições, são convidados a participar na sua criação, melhoria das suas politicas e práticas, e no seu crescimento e consolidação.
Conheça-nos melhor no nosso site: http://www.fpd-angola.com/
 - Poderão escrever-nos para:  e-mail – geral@fpd-angola.com  
Caixa Postal nº 6095 Luanda (Angola) 
Contacto pessoal na delegação da Samba (Luanda)
Secção da samba, rua da samba 112

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

“JARDIM MILIONÁRIO” LEVA MANUEL FRANCISCO À CADEIA


Manuel Francisco
Antigo Administrador  de Benguela

Segundafeira, 13, em consequências das denúncias sobre alegadas irregularidades na facturação do orçamento para a reabilitação de um jardim. Um milhão e 600 mil dólares norte-americanos foi o valor apresentado.
A detenção acontece mais de um ano depois de os jornalistas José Manuel, correspondente da rádio Ecclésia em Benguela, e Francisco Rasgado, director do jornal Chela Press terem denunciado o crime de peculato e furto.
O caso que ficou conhecido como “Jardim Milionário” emergiu a 17 de Maio de 2009, data do aniversário da cidade, quando se tornou público o valor aplicado na reabilitação de um pequeno jardim da cidade que se encontra defronte ao mercado “Heróis de Moncada”.
O Tribunal Provincial de Benguela ordenou a prisão do acusado por considerar que existem provas que atestam a sua implicação no processo que levou à delapidação de cerca de um milhão e 600 mil dólares norte americanos dos cofres do Estado.
O antigo governante vai aguardar o julgamento nas instalações prisionais do Cavaco.
Manuel Francisco foi exonerado do cargo pelo governador provincial, Armando da Cruz Neto, na sequência de uma proposta apresentada numa carta a si endereçada pelo Secretariado do MPLA em Benguela, onde se solicitava que tal medida fosse tomada independentemente dos possíveis resultados da investigação que estava a ser realizada.
A gravidade do assunto, levou uma delegação do Tribunal de Contas a se deslocar a Benguela para apurar as denúncias sobre o polémico orçamento. O jardim foi reabilitado por uma empresa afecta ao administrador municipal, Manuel Francisco e ao então primeiro secretário provincial do MPLA, Jeremias Dumbo.
O deputado Jeremias Dumbo, pela bancada do MPLA, poderá confrontar-se em breve com uma solicitação de suspensão da sua imunidade parlamentar, revelou a este jornal uma fonte do Tribunal de Contas.
A fonte disse que o deputado poderá ser arrolado no processo do caso Jardim Milionário em Benguela que conheceu esta semana um desenvolvimento esperado: a prisão preventiva de Manuel Francisco.
Políticos reagem a detenção
As representações das maiores forças políticas do país existentes na cidade das Acácias Rubras já se manifestaram em relação a detenção do antigo administrador municipal.
A secretaria provincial da UNITA, Ana Bela Jordão, disse que exemplos como esta detenção deveriam surgir também em Luanda.
Sobre o mesmo assunto, um dos mais altos responsáveis do Bloco Democrático em Benguela Francisco Viena Secretário Províncial ,  sustentou que essa é uma prática comum dos dirigentes do partido no poder, e que devem pagar por esses males que só, porque o que está em jogo é o dinheiro da nação, uma vez que ainda existem muitos angolanos a passarem por muitas necessidades.
Diante de tal situação, o segundo secretário do MPLA em Benguela, Veríssimo Sapalo, reagiu à detenção do seu colega de partido dizendo que ninguém está acima da Lei.



REAÇÃO DO BLOCO DEMOCRÁTICO
Tendo tomado conhecimento da detenção de alguns dirigentes do aparelho governativo de Benguela, acusados de crime de peculato, o Bloco Democrático junta-se aos esforço das entidades competentes e encoraja o Ministério Público a prosseguir com os seus esforço para a reposição da legalidade.
LIBERDADE, CIDADANIA E DEMOCRACIA.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Angola: Um País Sem Problemas




 Não há nada mais prejudicial ao novo rumo de Angola do que o complexado hábito de procurarmos passar, forçosamente, ao mundo a enganadora imagem de sermos um país perfeito e pacificado. O nosso famigerado orgulho não tolera que as pessoas digam que Angola ainda tenha os típicos problemas de um país do chamado Terceiro Mundo. Para os patriotas mais exaltados Angola é, hoje, um país sem problemas e que se afirma, definitivamente, como uma grande potência.

Por exemplo, sabemos todos que a corrupção é um dos graves problemas de Angola. Rafael Marques assumiu o risco de denunciar alguns esquemas de corrupção considerados crimes nos países sérios e democráticos. Mas o Jornal de Angola diz que é tudo mentira. Em África, Angola é um exemplo a seguir e que o Rafael Marques não passa de um corrupto ao serviços de organizações estrangeiras que insistem em atacar, de forma tão baixa, a soberania de Angola e a honra dos seus governantes.

Toda a gente sabe que Angola é um país ensombrado pelas profundas desigualdades socioeconómicas. Temos a vergonhosa fama de sermos um país onde a riqueza ostensiva de alguns privilegiados convive lado a lado com a pobreza extrema da maioria. Mas o Jornal de Angola diz que é tudo mentira. Somos um país de respeito. Muitos líderes africanos fazem tudo para adoptar o nosso modelo. Na Europa temos o respeito dos países da União Europeia. Os Estados Unidos da América estreitam cada vez mais as relações com Angola. Os especialistas do FMI estiveram no nosso país e deram nota excelente ao desempenho da nossa economia.

Todo o mundo sabe que os dirigentes angolanos têm fracassado na promoção do desenvolvimento harmonioso do País e na criação de condições que contribuam para o bem-estar físico e espiritual de todos os angolanos. Toda a gente sabe que Angola é orgulhosa dona de um dos mais inoperantes modelos de Estado, de uma das mais ineficazes estruturas de gestão governativa e de um dos mais corruptos aparelhos de administração pública. Mas o Jornal de Angola diz que é tudo mentira. Tudo não passa de uma conspiração das organizações que mais se destacam na guerra contra a honra da pátria e dos seus dirigentes. Porque os países influentes, os líderes respeitados e as instituições que sabem avaliar o desempenho dos governos e das economias, estão sempre a elogiar o desempenho do nosso Presidente da República, do Executivo e das principais figuras da política angolanas.

Mas, afinal, onde andam os problemas de Angola? É que um pouco antes de 4 de Abril de 2002 éramos, ainda, cotados como um dos mais problemáticos países do mundo.

A difícil procura das razões do estranho desaparecimento dos graves problemas da nossa sociedade levou-me a viajar no tempo e rever um dos mais bizarros comportamentos da minha memorável infância.

Quando éramos miúdos púnhamos as nossas aprazíveis brincadeiras acima de quaisquer outros aspectos considerados importantes da nossa vida em sociedade. Aliás, é hoje ponto assente e unânime considerar a brincadeira como um dos aspectos fundamentais do desenvolvimento da criança. Mas, os nossos zelosos encarregados de educação não entendiam assim. Por isso, desde cedo, queriam fazer-nos «maduros» e «responsáveis», obrigando-nos a eleger os estudos e as lides domésticas como prioridades absolutas.

Não era, por isso, de estranhar que tivéssemos desenvolvido fortes resistências aos trabalhos domésticos. Assim, mal vínhamos da escola, partíamos logo para a gostosa diversão. E durante as férias chegávamos a desaparecer o dia inteiro. Só que os «inimigos» da brincadeira não dormiam em serviço. Estavam sempre atentos às nossas minuciosas manobras. Assim, mal se apercebiam da nossa fuga aos sagrados deveres, procuravam agir de imediato. E o pior de tudo é que era, sempre, no auge da brincadeira que os zelosos encarregados de educação gostavam de nos chamar ou ir buscar para arrumar e limpar a casa, lavar a loiça, varrer o pátio, levar recados, etc., etc.

E perante a inevitabilidade da autoritária chamada, os mais medrosos abandonavam a brincadeira voluntariamente contrariados. Para os mais duros, abandonar a diversão era um acto tão difícil que só saíam dela sob dolorosas séries de «cocos» na cabeça ou forçosamente arrastados pelos impulsos dos puxões de orelhas.

Por tudo isso, era óbvio que chegássemos à casa sem a mínima motivação para cumprir os sagrados deveres impostos pelos «inimigos» da brincadeira. E não era, por isso, de estranhar que, no momento de executar as lides da casa, e no claro intuito de apenas satisfazer as caprichosas exigências dos zelosos encarregados de educação e para, rapidamente, podermos voltar à diversão, fizéssemos tudo mal e às pressas.

Assim, ao arrumarmos a casa, muito lixo era atirado para debaixo dos tapetes e das camas ou deixado detrás das portas. Só limpávamos o pó dos objectos absolutamente visíveis. Apenas passávamos o pano do chão nas superfícies mais usadas. E ao varrer o quintal ou o passeio, o mais pequeno buraco ou arbusto servia para esconder o lixo.

Pois é, meus caros. As razões que estão por detrás do súbito e estranho desaparecimento dos graves problemas da nossa sociedade são muito semelhantes aos bizarros comportamentos da minha memorável infância. Porque pelos vistos, ainda continuamos a colocar a diversão acima de quaisquer outros aspectos importantes da nossa vida em sociedade. Está a custar-nos deixar de brincar aos «bons governantes», aos «grandes países», aos «cowboys», à «estátua ninguém lhes mexe», à «bica oposição», ao «povo cego», ao «caçumbula as riquezas de Angola», ao «35 vitória de alguns», etc.

Quando nos chamam para «arrumar» e «limpar» a nossa problemática sociedade comportamo-nos como crianças contrariadas por deixarem a gostosa brincadeira. Assim, e no claro intuito de, apenas, impressionar e satisfazer as exigências dos estrangeiros que vivem entre nós, negoceiam com os nossos dirigentes, colaboram com as instituições da nossa sociedade e visitam o nosso intrigante país, temos feito tudo mal e às pressas.

Assim, temos sido muito bons a esconder o imenso «lixo» da nossa conturbada sociedade debaixo do tapete da guerra e detrás das portas da Paz. Dos velhos e empoeirados problemas do povo só temos passado o pano do pó nos problemas absolutamente visíveis. Só nos empenhamos em passar o pano do chão nas superfícies onde circulam os estrangeiros…

Publicada por Angola Interrogada às 10:35 Por: José Maria Huambo

Angola: Um País Sem Problemas

domingo, 5 de setembro de 2010

Quem irá governar Angola nos próximos 30 anos?


Angola é um país da costa ocidental da África, cujo regime político vigente é o presidencialismo, em que o Presidente da República é igualmente chefe do Executivo, que tem ainda poderes legislativos e Comandante em Chefe das Forças Armadas. Em 1992, com o fim da Guerra Fria, Angola aprovou uma Lei Constitucional que contemplava o multipartidarismo. No entanto, com a Guerra Civil ainda activa, só em 2008 foi possível realizar novas eleições legislativas ganhas pelo MPLA, com a maioria absoluta menos convincente. Uma nova Constituição atípica foi aprovada pela Assembleia Nacional em 27 de Janeiro de 2010, aproveitando o momento da euforia dos angolanos pelo CAN, mudando várias das regras políticas do país. A principal é que os candidatos a Presidente e Vice-Presidente não estão sujeitos a uma limitação de mandatos, bastando ser eleitos como cabeça e segundo na lista do partido que for mais votado nas Legislativas. O cargo de Vice-Presidente é igualmente uma figura nova e substitui a do Primeiro-Ministro.
Publicado também no site. http://www.club-k-angola.com/
Por conseguinte, e a despeito das mudanças constitucionais, institucionais e políticas operadas no país, mantêm-se os mesmos rostos nos principais postos de governação de Angola, desde a independência, em 1975 à presente data - 2010, e continuarão os mesmos, com certeza, até que o devir se encarregue do seu destino. Todavia, a minha preocupação prende-se não apenas com esse sistema cíclico e viciado dos governantes que não dá oportunidade a novos rostos, mas com a postura menos participativa, menos activa e a-política de muitos jovens angolanos no que tange a questões relevantes do país e do seu futuro. A juventude, como é óbvio, é a força motriz e o factor “sine qua non” do desenvolvimento de qualquer sociedade. Porém, a maioria da juventude angolana está alienada. Essa juventude não quer saber da política, do Poder Político, das eleições e, às vezes, nem quer trabalhar. Prima mais pelo imediatismo. Não lê e, em muitos casos, aquela que está nas Faculdades, apenas está lá para acompanhar os outros; está lá por conveniência e para exibir os carros e os “grifes”. Essa juventude perdeu-se no tempo, no materialismo e no prazer. É epicurista que vive apenas para comer e satisfazer os apetites da carne e os do regime. Não faz nada de bom acontecer mas deixa tudo de mal acontecer sem nada fazer. Ser jovem para muitos é ter bens materiais aos pontapés (o que a priori não é negativo quando alcançados honestamente e com o suor laboral) como carrões do último grito, casas em condomínios fechados e também muitas amantes. Ser jovem para elas, é ter muito dinheiro, cabelos longos brasileiros e telemóveis com bastante saldo dos quais saiem apenas uns “liga só” para pedinchar outros saldos; é ter o namorado e uns tantos “amigos”, ou melhor, é ter o “Chique”, o “Choque” e o “Cheque”. Dito doutra forma, “o Chique” é o namorado oficial apresentado à família; “o Choque” é aquele que dá um bom choque camal e o “Cheque” é o pagador de tudo: carro, Faculdade, cartão da parabólica, internet, telefone, energia, água, renda da casa e ainda providencia os víveres do “Choque” que precisará apagar a chama da “perenguela” consequente da competição libidinosa com a camarada. Este é o “good life” por muitos sonhado que exclamam de contente bem alto: “bazei”… como que de um êxito se tratasse. Como que de uma viagem espacial ou de um feito científico importante tivessem realizado.
Ser jovem para eles é estar “na moda”. E estar na moda implica coleccionar muitas garrafas de cuca ou de Whisky ao som do “kuduro” estonteante. É dançar o “windek” ao sabor do frango e do pincho mal assados nas noites não dormidas e nas maratonas solorentas a que o sistema os habituou. É tarachar até causar ejaculações precoces aos rapazes que com a língua fora, com o pescoço torto e com os olhos fechados respiram um ar de “um está a cuiar” sem precedentes como que a vida fosse, basicamente, isso. Essa juventude perdeu valores éticos e morais (ou nunca os teve?) e o sentido ontológico do ser. O mais importante para ela é ter e não o ser. Aqui os fins justificam os meios. Ter a todo o custo, não importando de que forma.
Não obstante, a culpa, afinal de contas, não é, de todo, desta juventude alienada e sem norte, mas sim do regime do MPLA que apostou, desde muito cedo, na importação, fabrico e propaganda  das bebidas alcoólicas para manter essa malta brava distraída e, totalmente, perdida. Algo para dizer que o regime aprendeu bem a lição do colonizador português que usou o método do vinho para facilitar a sua penetração em território angolano e a consequente colonização e subjugação dos indígenas. Não foi em vão que em 2008, antes das eleições legislativas, houve muito fino gratuito a jorrar nas torneiras de O’mbaka. Não será espantoso, com certeza, ver rios caudalosos de cuca nas esquinas de todo o país, na véspera das primeiras eleições atípicas de Angola, em 2012. A culpa é de quem detém o poder que não promove políticas sérias e inclusivas mas de exclusão a todos os níveis. A culpa é de quem preferiu governar contra o povo e contra a juventude…A culpa é, igualmente, daquele que optou por implantar, no país, uma educação sem qualidade e sem sustentação para manter os jovens na ignorância e na mendicidade intelectual, espiritual e material onde o jovem alienado é uma pura cassete magnética cuja a mente míope e embotada limita-se a cantarolar as aventuras de Ngunga e as canções dos heróis nacionais que só o MPLA teve e continua a ter!... Até para ser antepassado, em Angola, é necessário ser-se do MPLA.
Quem irá governar Angola nos próximos trinta anos?
 Não serão, debalde, os veteranos, actualmente nos postos governativos. Eles já “fizeram muito para Angola”. Correram com o colono, inventaram uma Constituição atípica e cunharam a “gasosa” e a “catorzinha”. São autênticos cientistas e peças valiosas para os nossos futuros museus. E, além de mais, muitos deles, até lá, contarão já com mais de cem anos de idade. Também não serão esses jovens ávidos da “boa vida” sem nada quererem fazer para merecê-la. Seria querer colher sem nunca antes ter semeado.
Ademais, não é que essa juventude alienada não seja potencialmente capaz de mudar o rumo das coisas. Não é que não seja inteligente. É-o, efectivamente. Porém canaliza as suas energias em futilidades. Foi-lhe habituado assim. Foi “educado” a perder o tempo em baboseiras, enquanto “os cães ladram e a caravana vai passando”. Não é que a juventude não deve divertir-se, mas que o faça de forma moderada e não se esqueça da sua missão na terra. Que deixe para trás o espírito do “deixa andar”, o medo e o princípio segundo o qual “ché menino, não fala política”. Que a política é apenas para uma elite de poucos privilegiados que podem fazer tudo e de todos a seu bel-prazer. Todavia, a política é a arte de organizar e administrar a “polis” – a cidade, e que todo o homem é por natureza um “zoon politikon”, um animal político, no dizer dos clássicos gregos. Negar essa evidência e alhear-se das questões políticas equivalia a negar-se a si mesmo, enquanto ser humano.  
Incentivo, então, a juventude a não encarar a política como sinónimo de morte mas como um meio através do qual é possível participar activa e efectivamente na organização da sociedade e na promoção de valores humanos, cívicos, culturais e no bem comum. “Nós não podemos nem devemos passar por esse mundo como cabritos”, dizia  Padre Maurício Camuto, actual Director da Rádio Ecclésia. “O que faço é uma gota no oceano, mas sem essa gota o oceano não seria o mesmo”, Madre Teresa de Calcutá.
Mas quem serão, então, os governantes desse portentoso país?
É imperioso que a juventude angolana, refiro-me a juventude angolana, em geral, e não apenas a JMPLA, porque esta não é toda a juventude angolana como muitas vezes se pretende fazer crer e nem a Jura, mas da juventude angolana toda e toda a juventude angolana, sem distinção, saia da letargia e comece a ser mais consciente do presente e perspective melhor o futuro. Que seja mais interventiva, criativa, dona do seu próprio destino e desempenhe o seu papel para que possa passar, amanhã, um testemunho válido e digno às gerações vindouras. É necessário que a juventude ocupe o seu lugar antes que os filhos dos “mwatas” a se formarem no estrangeiro venham ser os únicos substitutos naturais e legítimos dos seus progenitores dos actuais cargos políticos e administrativos, em alguns casos até sem mérito, e o jovem actual, não continue a ser um autêntico assistente da peça teatral a distância e eterno mendigo de consciência. Que o jovem de hoje que é o velho do amanhã não lamente, se nada fizer para que algo construtivo aconteça, pois como diz o aforismo, “quem semeia ventos só colhe tempestades”.
Viva A juventude angolana. Viva Angola.
Fernando Kapetango





quinta-feira, 2 de setembro de 2010

LIBERTAÇÃO SOCIAL

Francisco Viena
Secretário Provincial do Bloco Democrático
O BLOCO DEMOCRÁTICO é um Partido fundado por homens e mulheres de todas latitudes deste vasto Território Nacional e que acreditam que a mudança em Angola é possível e necessária para que todos possamos desenvolver Angola de acordo com o novo pensamento e programa político que temos para o país.
CAROS ANGOLANOS E NOSSOS COMPATRIOTAS!
O ciclo dos movimentos de libertação nacional conheceu o seu fim no passado recente século XX.

Na verdade estes libertadores cumpriram uma grande missão histórica, cuja memória colectiva não deve esquecer-se
Mas é importante que nesta nova era da vida política nacional a juventude, os homens e mulheres progressistas e democratas, assumam as suas responsabilidades, assumindo-se como novas lideranças para o país.
Por isso, devemos todos participar na vida política do nosso País, apoiando todos movimentos de reivindicação, tal como as injustiças sociais decorrentes da repartição dos rendimentos e das riquezas nacionais que provocam os grandes desequilíbrios sociais que maior parte da população angolana padece.
Não Basta esperar as eleições, temos de começar agora para formarmos as nossas convicções porque são elas que nos dão a fortaleza, a inteligência e a capacidade de resistir e tornar transponível o que nos parece intransponível.
CAROS CONCIDADÃOS.
As mudanças estruturais e infra-estruturais do nosso país são necessárias.
São necessárias, porque não se compadecem com o Estado de Direito e em consequência não satisfazem as necessidades sociais, económicas e políticas do povo angolano, satisfazem sim, os interesses de algumas elites do país, entre os quais os detentores dos chamados grupos económicos fortes que no exercício do poder político chamam para a colação tudo que diz respeito ao nosso Património comum, transformando-os em bens próprios e de natureza jurídico-privado.
Além de mais é também relevante aqui dizer que o partido que governa o nosso país já não tem soluções para os angolanos na medida em que seu programa de governo padece no tempo, modos e circunstâncias.
De tal modo, para evitar o seu desmoronamento o MPLA, através de orientações expressas as Instituições Públicas, adoptam critérios contrários aos princípios Democráticos internacionalmente aceites, obrigando-nos contra a nossa vontade a obter o cartão de militante para termos supostamente algumas oportunidades para nomeação de cargos públicos, afectação de bens e outros direitos que ao abrigo da constituição e de mais leis ordinárias da República, estão ali outorgados, fazendo-nos crer que não basta ser angolano.
Por causa destes critérios anti democráticos, milhões de angolanos submetem-se a violação dos seus direitos e em particular da sua honra e dignidade, respondendo todos esses males com o silêncio como se nada estivesse acontecer.
Este comportamento não é patriótico e é contra os valores da cidadania.

HOMENS E MULHERES
HAJA CORAGEM
O BLOCO DEMOCRÁTICO É UM PARTIDO QUE QUER CONTAR CONVOSCO.
A MUDANÇA É NECESSÁRIA.