segunda-feira, 30 de abril de 2012

GUINÉ-BISSAU: CEDEAO ADMITE USO DA FORÇA.


Possibilidade admitida pelo chefe da diplomacia de Cabo Verde para a aplicação de sanções aos militares golpistas...

A Comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) admite o uso da força contra o Comando Militar que tomou o poder na Guiné-Bissau para aplicar as sanções aos golpistas, disse esta segunda-feira o chefe da diplomacia cabo-verdiana.

Em declarações à Rádio de Cabo Verde (RCV), Jorge Borges, que participou no domingo num encontro de 12 horas do grupo de contacto da CEDEAO com uma delegação guineense, realizada em Banjul (Gâmbia), garantiu que a comunidade da África Ocidental decidiu dar início às sanções, face à recusa dos golpistas em aceitar os moldes do regresso à ordem institucional, que passavam por manter Raimundo Pereira como Presidente interino.

«A CEDEAO vai impor sanções dirigidas aos membros do comando e aos civis que o apoiam. Vai haver sanções económicas, diplomáticas e financeiras à Guiné-Bissau, como país, e a CEDEAO tomará todas as medidas, incluindo o recurso à força, se for necessário, para aplicar as decisões», frisou

Residência do líder da manifestação contra o álcool foi invadida



Luanda - A organização do MR-Movimento Revolucionário de Cacuaco, actualizou para cinco o número de feridos registados na abortada manifestação de sábado passado.


Alexandre Neto
Fonte: VOA

Cinco feridos na marcha em Luanda

Os jovens foram impedidos de marchar, atacados por um grupo de civis com rostos encapuzados hoje 30 de Abril 2012.

Dois dos feridos queixaram-se de falta de atendimento nos hospitais públicos, supostamente por orientações baixadas neste sentido.

Os jovens pretendiam marchar contra o incentivo a droga, prostituição e álcool que passaram a ser do uso comum nalguns bairros de Luanda. São práticas disseram eles, incentivadas principalmente a partir dos actos políticos organizados pelo partido no poder.

Gervásio Costa é um dos manifestantes. No sábado contou ele, foram interpelados por uma alta patente da polícia que se fez ao local para supostamente deixar alguns bons conselhos, isto antes do ataque.

Um movimento de “caça ao homem” seguiu-se ao longo do dia. Hugo Kalumbo (na foto) da organização da marcha reside na Petrangol e contou que a sua residência foi invadida a noite.

Apesar disso diz que não se sente intimidado e lembrou os algozes que este é um assunto que não tem nada a ver com os seus familiares.

Há mais de um mês a polícia tem vindo a prometer investigar sobre estes ataques contra manifestantes.

Todas as tentativas no sentido de ouvir os seus responsáveis, não resultaram.

Angola: Bento Bembe diz que há progresso nos direitos humanos


O secretário de estado angolano para os direitos humanos, António Bento Bembe, disse que, houve uma melhoria no país naquela matéria.

Bembe que falava durante uma palestra sobre a "Educação para uma Cultura dos Direitos Humanos" realizada no Huambo, referiu que o governo angolano tem-se empenhado em cumprir com as suas obrigações relativas aos direitos humanos.

Apontou a falta de uma política nacional de direitos humanos como uma das causas importantes dos casos de violações dos direitos em Angola.

Alega ainda que, o exercício dos direitos humanos implica o engajamento e cooperação tanto dos governos como da sociedade civil: “ Nós elaboramos o primeiro anteprojecto da politica nacional sobre os direitos humanos e submetemos esse anteprojecto a todas instituições do país, especificamente a todos os ministérios, embaixadas outros organismos internacionais com sede em Angola, partidos políticos e organizações da sociedade civil” informou Bembe, acrescentando que “ a versão final será submetida ao Conselho de Ministros.”

Refira-se que a Amnistia Internacional manifestou a sua preocupação em relação à aparente indisponibilidade de Angola para cooperar com organismos e organizações internacionais de direitos humanos, incluindo a Comissão Africana, na promoção dos direitos humanos no país.

Carlos Figueiredo director da organização não-governamental   "Development Workshop – Huambo" , considera que a protecção e a promoção dos direitos humanos passam pelo reforço e transformação das instituições angolanas.

Segundo o activista, os jovens estão a receber hoje dos mais velhos uma sociedade e ensino que deixam muito a desejar.

“ Nós oferecemos uma sociedade em que é muito comum o abuso pelos mais fortes dos mais fracos. É muito comum a corrupção em que, quem está na posição de força tira benefícios de indivíduos, acaba por tirar aquilo que seria para toda sociedade e passar pela esfera do privado.”

Considera ainda que, a cidadania se realiza na vida concreta, quotidiana, na dinâmica das relações sociais e apelou os jovens angolanos a lutarem por condições justas e dignas de vida, alegando que os direitos fundamentais dos homens se conquistam na luta.


EDUARDO DOS SANTOS ESCAPA DUMA TENTATIVA DE ASSALTO POR PARTE DE JORGE VALENTIM


EDUARDO DOS SANTOS ESCAPA DUMA TENTATIVA DE ASSALTO POR PARTE DE JORGE VALENTIM

O PUXA-SAQUISMO (TAMBÉM) TEM LIMITES!

- 30-Apr-2012 - 12:04 - Jorge Eurico

O bom-mocismo do antigo ministro da Hotelaria e Turismo no «falecido» Governo de Unidade e Reconciliação Nacional (GURN) e autor do livro «O Caminho para a Paz e Reconciliação Nacional – de Gbadolite a Bicesse» , Jorge Alicerces Valentim, parece ter os dias contados e, como era de esperar, as suas «bocas» deixaram (se é que algum dia foram) de ser - como diria a malta grã-fina lá do outro lado Oceano Atlântico - uma gracinha… nacional.

Segundo fontes da «Contra-Corrente», Jorge Valentim terá endereçado uma carta ao líder do MPLA a manifestar o seu apoio (in) condicional como cabeça-de-lista do partido no poder durante as eleições que serão realizadas dentro de poucos meses no país.

José Eduardo dos Santos terá respondido, por escrito, a Jorge Valentim que aceitava o seu apoio, mas sem contrapartida financeira, tal como pretendia o co-fundador da UNITA agora «refugiado» na Canana, bairro emblemático do município do Lobito, província de Benguela, que o viu nascer e crescer há mais de cinquenta anos.

A ser confirmada esta informação, ela provará segura e garantidamente que o puxa-saquismo de Jorge Valentim já não mais tem serventia para o partido no poder.

A não ser desmentida esta informação, ela significará pura e simplesmente que Jorge Valentim já não terá, nas próximas eleições, a mesma serventia que teve nas eleições de 2008.

Ao que tudo indica, Jorge Valentim anda muito distraído, desde logo porque o Presidente José Eduardo dos Santos dispensa o apoio de quem quer seja para ganhar as próximas eleições.

O apoio de Jorge Valentim é, a todos os títulos, dispensável na medida em que o estatuto jurídico-político vigente estabelece que o Presidente da República será o cabeça-de-lista do partido que vencer as eleições.

Fonte: www.noticiaslusofonas.com

“Angolanos no exterior poderão votar”, garante Adão de Almeida.


Os angolanos residentes no exterior do país por razões de trabalho, estudo, doença ou similares poderão exercer o seu direito de voto nas eleições gerais de 2012, garantiu no último sábado, 28, em Estocolmo (Reino da Suécia), o vice-ministro da Administração do Território para os Assuntos Institucionais e Eleitorais, Adão de Almeida.

Fonte: Angop

Ao dissertar sobre a organização do processo eleitoral, num encontro com as Associações de Angolanos residentes na Suécia, Finlândia, Dinamarca, Noruega, Islândia e Estónia, promovido pela embaixada de Angola em Estocolmo, Adão de Almeida especificou que votam os funcionários diplomáticos e outros trabalhadores angolanos colocados no estrangeiro, estudantes e doentes, desde que estejam registados e segundo as regras definidas pela Comissão Nacional Eleitoral.

Revelou ainda que o cidadão exercerá o seu direito de voto nas missões diplomáticas e/ou consulares angolanas, ou ainda por correspondência, em função das regras da Comissão Nacional Eleitoral.

Na sua dissertação, Adão de Almeida salientou que a legislação eleitoral prevê ainda o voto antecipado que permitirá aos cidadãos com viagem confirmada e os que trabalhem em regime de turno ou estejam de serviço votarem antes do dia marcado para as eleições gerais.

Salientou que, nos termos da lei, só irão concorrer os partidos legalmente reconhecidos que apresentem as suas candidaturas ao Tribunal Constitucional acompanhadas de cinco mil a cinco mil e 500 assinaturas para o círculo nacional e 500 a 550 para o círculo provincial.

O vice-ministro esclareceu aos participantes que, todas as tarefas ligadas às eleições gerais de 2012 são dirigidas e executadas pela Comissão Nacional Eleitoral, sem intervenção do Governo, a quem cabe a missão de realizar o registo e actualização dos eleitores, cujos dados deverão ser entregues à CNE até meados de Maio próximo.

Deu a conhecer que o registo eleitoral que terminou este mês, nos termos da nova Constituição, foi o último realizado no país, passando nos próximos anos a vigorar o registo oficioso, por via do sistema de identificação civil.

No quadro da nova Constituição, disse ainda, deixa de haver eleições legislativas e presidenciais, o cabeça de lista do partido vencedor é automaticamente presidente da república e o círculo eleitoral da diáspora deixa de existir.

De recordar que o actual parlamento angolano, saído das eleições de 2008, com base na anterior constituição, contemplava três círculos eleitorais, nomeadamente o nacional, que elegeu 130 deputados, os provinciais, que elegeram cinco deputados em cada uma das 18 províncias do país, e o da diáspora, que devia ter eleito três deputados, perfazendo um total de 223 deputados.

Adão de Almeida fez um enquadramento histórico dos processos eleitorais em Angola, assim como das eleições de 2008 e das normas e organização das eleições gerais de 2012, que poderá contar com a participação de cerca de nove milhões de eleitores, segundo os dados provisórios do registo e actualização eleitoral que terminou a 15 do corrente mês.

Recorde-se que na abertura do encontro, sexta-feira última, o embaixador de Angola no Reino da Suécia, Brito Sozinho, disse ser uma das tarefas prioritárias do Programa de Acção do Executivo a protecção dos direitos e interesses da comunidade angolana no estrangeiro.

O encontro, que contou com a participação de representantes das Associações de angolanos residentes na Suécia, Dinamarca, Noruega, Islândia, Finlândia e Estónia, foi promovido no âmbito das comemorações do décimo aniversário do Dia da Paz, assinalado a 4 do corrente mês.

O programa incluiu, para além do painel sobre as eleições gerais de 2012 em Angola, uma comunicação sobre o historial das relações dos países nórdicos com Angola, que foi apresentada pela directora do Instituto Nórdico sobre África, Carin Norberg, instituição que realiza pesquisas e análises sobre o continente africano.

As associações acima referidas apresentaram comunicações sobre o seu funcionamento, dificuldades, inserção dos seus associados nos países em que residem, entre outros assuntos.

Das principais conclusões do encontro, destacam-se as dificuldades dos cidadãos angolanos tratarem documentos, a predisposição das associações em participarem na promoção da imagem do país, as dificuldades financeiras para materializarem as suas actividades desportivas, de entretenimento e culturais, incluindo as relacionadas com a valorização da língua, um mais entrosado relacionamento com as autoridades do país, através da Embaixada, que reconhece nas associações parceiros para o seu trabalho com as comunidades.

Durante a reunião foram exibidos dois vídeos, designadamente “Angola faz-se em Paz” e “Bem-vindo a Angola” (este produzido em inglês e português), assim como um diaporama de cerca de 250 fotografias sobre as principais realizações do Executivo, em sectores vitais para a vida dos angolanos.

domingo, 29 de abril de 2012

Isomar Pedro Gomes, ex-delegado da «bófia» em Benguela em entrevista ao SA.«Estamos há 20 anos à espera de empregos»



Defendeu com unhas e dentes o regime mo­nolítico que vigorou no país até ao começo da década 90. Provavelmente, com algum excesso de zelo. Fazia parte da temível Se­gurança de Estado. Desmobilizado, em 1991, por força dos Acordos de Bicesse, foi entre­gue à sua sorte. O entrevistado do SA, Isomar Pedro Gomes, ex-funcionário sénior da delegação provin­cial da Segurança do Estado (em Benguela), hoje é um homem amargurado, frustrado. Recusa-se a revelar os cargos que exerceu dentro da «secreta» benguelense, por «se­gredo de Estado» desculpa-se. Este jornal soube que ele não foi no passado um mo­desto operativo da Bófia, visto que já che­gou ao posto delegado provincial interino da contra inteligência em terras de Ombaka, e mais tarde ao de professor da escola de contra inteligência no município da Baia- Farta.Atirado para as sarjetas do desempre­go, sem apoios da Caixa Social das Forças Armadas Angolanas (FAA) ou de uma outra instituição castrense, lamenta a sua sina, assim como de milhares de ex-companhei­ros de farda, que igualmente estão a «sabo­rear as passas do Algarve».
Semanário Angolense (SA): Foi membro da comissão encarregue de desmobilizar os antigos agentes da segu­rança do Estado em Benguela, por força dos acordos de Bicesse. Como foi feita a desmobilização? Isomar Pedro Gomes (IPG)- Os membros afectos à an­tiga Segurança de Estado foram desmobilizados no âmbito dos acordos de paz entre o Governo e a UNITA, visto que fomos considerados excedentários das Forças Armadas An­golanas (FAA). Julgo ter sido um erro, já que os efectivos dos Serviços da Segurança do Estado não pertenciam as forças armadas, mas, enfim, não tivemos outra saída senão acei­tarmos a nossa desmobilização.
SA- Quais foram as promessas que haviam sido feitas pelo Governo quando se registou a desmobilização?
IPG- Eles prometeram que, após a nossa passagem à des­mobilização, seriamos enquadrados na vida civil, tendo nos sido garantido em diversas instituições do Estado. In­felizmente, após a nossa desmobilização houve o retorno da guerra civil, e o campo de manobra do Governo ficou redu­zido, daí a sua incapacidade em resolver o nosso problema do desemprego.
SA- Passados 20 anos desde que foram desmobiliza­dos e 10 dos quais sobre o fim da guerra, que resposta têm recebido em relação ao não cumprimento de tais promessas?
IPG- Nós entendemos que após a nossa desmobilização, que decorreu ainda no período da guerra, o Governo não tinha condições para honrar com as suas promessas, mas já não entendemos que passados 10 anos depois de o calar das armas, o mesmo Governo não tenha conseguido ainda cumprir com as promessas feitas, por altura da nossa des­mobilização.
Se não estou enganado, em 2005, um grupo de camara­das teve a ideia de organizar-se em associação, com o objec­tivo de defender nossos interesses e se encontrar um interlo­cutor que pudesse levar as nossas preocupações ao Governo de Benguela, mas infelizmente até hoje o problema não foi ainda resolvido. Quando nos dirigimos ao Governo, a única resposta que temos recebido tem sido: «Esperar, esperar» …
SA- Como é que está a moral dos ex-membros da segu­rança do Estado perante esta situação?
IPG- Um indivíduo que fica 2 a 3 meses sem salários, fica com boa moral? Acredito que não, mas vou lhe dar um exemplo: li recentemente uma notícia no seu jornal que di­zia que os guardas prisionais haviam manifestado a sua in­tenção de libertar os presos, devido a cortes salariais de que tinham sofrido. Imagina que esses guardas prisionais só por­que sofreram descontos nos seus salários, chegaram ao ponto de ameaçam soltar presos, agora imagine nós, que estamos há 20 anos sem receber um único tostão?
Demos toda a contribuição para a defesa da pátria e do MPLA, porque, naquela altura, o Ministério da Segurança do Estado, era um ministério que defendia o sistema mono partidário, no qual o MPLA era a sua força dirigente; na­quela altura entediamos que defender o MPLA era defender a pátria e defender a pátria era defender o MPLA. Nós de­mos toda nossa vida e sacrificamos toda a nossa juventude na defesa do MPLA.

Há 20 anos que estamos a espera d e uma resposta do Go­verno. É muito tempo de espera! Nestes 20 anos, muitos dos nossos camaradas, que eram antigos operativos já morre­ram na maior das desgraças, sem verem um único tostão.

Hoje, muitos desses camaradas estão a fazer trabalhos braçais, de baixo nível, como roboteiros, carvoeiros, enfim, não é que esses trabalhos sejam indignos, mas para quem deu toda sua vida na defesa do MPLA ir acabar desta forma é muito mais que indigno. É mesmo muito triste saber que 20 anos depois da nossa desmobilização, o próprio MPLA, que ainda governa este país já não se lembra de nós.
SA-E nunca ouve um pronunciamento ou um encontro entre a vossa associação e o governo?
IPG- Bem, se eu lhe contar toda história acerca da nos­sa organização, a ASPAR (Associação Social para Apoio e Reinserção) não será hoje que vamos terminar a entrevista. Mas deixa-lhe dizer o seguinte: mantivemos vários encon­tros com o governador provincial de Benguela, Armando da Cruz Neto, e outras com entidades que nos pediram a do­cumentação para a formação de processos e cadastramento do pessoal para a sua inserção na Caixa Social. Só que, há pessoas dentro da ASPAR, que têm introduzido individuos que nunca sequer foram membros da Segurança de Estado, e muitas dessas pessoas são agentes no activo da Polícia Na­cional, dos Serviços de Emigração Estrangeiros e até mesmo do SINFO, portanto, como pode ver a pessoas que por cima do sofrimento dos outros fazem negócios escuros.

Em 2008, à margem da campanha eleitoral do MPLA, fo­mos contactados por um representante da Casa Militar da Presidência da República, que é o brigadeiro Lubom, com quem nos reunimos no salão nobre da Delegação do Minis­tério do Interior (em Benguela). Ele ficou admirado e choca­do ao saber da nossa existência.
SA- Temos conhecimento que recentemente a directo­ra Nacional da Caixa Social manteve um encontro com a direcção da vossa associação em Benguela, onde ela fez saber que o governo já havia disponibilizado dinheiros de 6 meses…

IPG: Esses 6 meses que a senhora se referiu -eu por aca­so não estive presente- mas sei que esteve presente nesta reunião a direcção da Aspar nacional e a provincial. Por aquilo que é do meu conhecimento, após a representante da Caixa Social ter informado que o Estado havia disponibili­zado este valor, e questionado a direcção da Aspar (quer a nacional quer a provincial) sobre o paradeiro desses valores ninguém soube dar um esclarecimento onde que estava o di­nheiro, e prontos, tudo ficou assim entre os compadres…E quando as pessoas reclamam ainda querem se dar ao luxo de nos ameaçar…
SA- Está a falar de um seu colega que terá sido amea­çado pelo ex-deputado do MPLA, Paulo Rangel, na pre­sença do comandante provincial da Polícia Nacional e delegado do Ministério do Interior em Benguela, o co­missario António Maria Sita?

IPG- Se alguém reclama deve ser ouvido. Os camaradas Paulo Rangel e Sita, assim como os outros camaradas não estão na nossa pele, só quem sabe o que é ficar 20 anos sem salários, é que entende a nossa dor. Por exemplo, o Paulo Rangel, tem o seu ordenado em dia como ex-deputado, tem o seu ordenado de oficial general das Forças Armadas An­golanas, e provavelmente, está inserido na caixa social das Forças Armadas, então como é que um indivíduo desses vai entender o nosso grito, se nós gritamos, é evidente que ele vai achar isso muito estranho! E foi isso que de facto aconteceu.
SA- O que é lhe vem em mente, depois destes anos to­dos de abandono?

IPG: É uma situação de frustração! Ainda hoje, estive com um dos meus camaradas, que chorou a minha frente, só porque ele tem a mãe hospitalizada e a filha doente, e ele não tem um tostão sequer, para atender as necessidades hospitalares da sua familia. E como ele não tinha onde re­correr, veio ter comigo para ver se eu lhe emprestasse algum dinheiro, mas infelizmente, eu também nem sequer tinha 100 kwanzas para lhe ajudar e, naturalmente, eu tinha de chorar com o meu companheiro. Então, com todas essas di­ficuldades o que é nos virá a mente, meu caro amigo? Pensar que um dia nós servimos este país; pensar que um dia demos o «litro» regime, é um sentimento de revolta, de indignação de tudo…. Se este regime ainda existe é porque muitos ca­maradas não olharam para si, nem pelos interesses da sua família.


Fonte: Nelson Sul d´Angola do Semanário Angolense 

Sobre a Liberdade de Imprensa e Expressão.


Justino Pinto de Andrade

1. A Liberdade de Expressão e uma das suas dimensões, a Liberdade de Imprensa,
integram o amplo conjunto de Direitos consagrados na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

2. Devido à grande importância de que se reveste, em sessão de 20 de Dezembro de 1993, a Assembleia Geral das Nações Unidas consagrou o dia 3 de Maio como Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, na sequência da “Declaração de Windhoek” aprovada em 1991, no decurso do Seminário promovido pela UNESCO sobre “Promoção da Independência e do Pluralismo da Imprensa em África”.

3. Falar em liberdade de imprensa traz, de imediato, à memória os constrangimentos que impedem os profissionais da imprensa de exercerem devidamente as suas funções, tornando-se alvo de perseguições, agressões físicas e morais, prisões e até mesmo assassinatos.

4. As zonas de conflito e as de pós-conflito são, por norma, as mais perigosas para o exercício do jornalismo. Todavia, o exercício da imprensa tem conhecido, igualmente, sérios obstáculos em situações e em contextos aparentemente mais “normais”, fruto da cultura de intolerância que ainda prevalece.

5. Alguns países têm-se tornado referências negativas pelo modo como a imprensa pode ser utilizada para instigar o ódio e a violência, com consequências imprevisíveis e resultados irreparáveis. Falo, concretamente, do Ruanda, Bósnia e Herzegovina, Costa do Marfim. Foi com o recurso à imprensa, e sob variadas formas, que se incendiaram os ânimos colocando uns contra os outros, terminando em verdadeiros morticínios.

6. Contudo, a chamada informação participativa que se socorre, sobretudo, de instrumentos de difusão cada vez mais potentes, também tem servido para alertar o mundo para graves situações de violação dos direitos humanos. Tem sido assim, por exemplo, no Irão, na Rússia e, muito recentemente, na Síria. O êxito da chamada “Primavera Árabe” deve ser, pelo menos em parte, a esse recurso.

7. O despertar das redes sociais vai provocando certa inquietação em alguma classe política, independentemente da ideologia. Por exemplo, é por demais conhecida a disposição das autoridades chineses para o controlo das redes sociais com o objectivo de melhor conterem os crescentes protestos que se repetem no país. A sua maior vítima tem sido o Twitter. Mas, essas mesmas autoridades socorrem-se também das redes sociais para conhecer a identidade dos dissidentes. Por isso, proibiram o recurso ao anonimato na utilização das redes sociais.

8. O governo conservador britânico do Primeiro-ministro James Cameroun está a sentir igualmente a tentação para interferir na vida das redes sociais, alegadamente por razões de segurança do Estado. O mesmo se passa com as autoridades norte americanas e outras.

9. Mas, se é verdade que as redes sociais podem estimular o recurso a actos de insubordinação e violência, não é menos que verdade que elas podem constituir-se num instrumento útil para os próprios governos perceberem mais fácil e rapidamente o sentimento das pessoas, para, de seguida, poderem promover mais rapidamente políticas públicas benéficas para os cidadãos.

10. Entre nós, assiste-se ao uso crescente de variados meios de informação participativa. Mesmo que o seu uso nem sempre seja feito da melhor maneira é, contudo, verdade que tal informação pode também ser muito eficaz para a auscultação de uma parte da opinião pública, tal como sucede nos outros países.

11. É bem perceptível o esforço que alguns sectores da nossa sociedade realizam para controlar e “domesticar” a comunicação social privada. Com esse objectivo, grupos económicas umbilicalmente ligados ao poder político vão esbanjando dinheiro com a aquisição de títulos que, pela sua postura e linha editorial, eram tidos como incómodos. Busca-se, assim, “uniformizar” toda a informação, tendo como referência a comunicação social pública.

12. Não creio que seja possível construir uma sociedade livre e plural a partir de pressupostos unitários. A democracia alimenta-se não apenas da multiplicidade de organizações políticas e sociais mas, também e sobretudo, da liberdade de expressão. É por via dessa liberdade de expressão que se confrontam ideias e projectos, e mesmo até se torna possível construir consensos sobre pontos essenciais. Tentar “uniformizar” a informação é criar mecanismos de bloqueio que, a prazo, alimentam soluções não democráticas.

13. As sociedades democráticas propiciam o livre acesso à informação e ao conhecimento, beneficiando quer os governantes, quer os governados. As sociedades monolíticas, onde se reprime a livre circulação das ideias, com o tempo definham e autodestroem-se. A história recente está cheia desses exemplos e os cemitérios estão pejados das suas víti.

Fonte:semanário angolense.

Galo Negro acusa MPLA de assassinar seu militante no Cubal




Intolerância  Política no interior da Província de Benguela em ano de eleições .

Que matou Manuel Lourenço (Kayuma)? Foi o MPLA!... Estas, foram as palavras de ordem, pronunciadas pelos militantes da UNITA, num discurso proferido por Augusto Neleho, secretário provincial de Benguela para os assuntos eleitorais do maior partido na oposição.

Isabel Ndjepele mãe três filhos, contou ao jornal Terraangolana  que no dia 9 de Abril pelas 20 horas, 8 elementos estranhas apareceram em sua casa perguntando pelo seu esposo, tendo acabado por romper com a porta e leva-lo para fora da sua própria residência, já sob fortes torturas, mais tarde transportado numa motorizada, para um local incerto onde acabou por ser executado.

A UNITA no Cubal, apontou nomes como o de Valentino Kandombe Kassua, Pedro Njongo, Agostinho Tchinjola, Fernando Ndombe, Daniel Uta, Muenho, Manuel Mule e Kalitangui, como sendo os principais mentores da acção de segunda  feira dia 9, nas matas da aldeia de Kaipumba.

Leão, o comandante municipal da polícia nacional do Cubal, disse ao telefone a nossa reportagem, não ter informações certas se o conflito era entre a UNITA e o MPLA.

De acordo com o comandante Leão, a polícia nacional apurou que, a barbaridade sobre o malogrado Manuel Lourenço, (Kayumba) esta ligada a desentendimentos familiares.

Refira-se que, dos 8 elementos criminosos, apenas 5 estão a contas com a polícia nacional, e outros três no rastejo, segundo contou o responsável e representante do comandante provincial da polícia nacional António Maria Sita em Benguela.

Isabel Ndjepele viúva, em entrevista concedida ao Terrangolana, desconsiderou as alegações do comandante municipal da polícia, quando dizia ser conflito de origem familiar. Ndjepele fez crer que, o malogrado Kayumba, não era natural do Cubal- Benguela, era sim de Kakonda província da Huila. O falecido malogrado Kayumba, não tinha familiar algum no município do Cubal.

Augusto Neleho secretário provincial para os assuntos eleitorais da UNITA em Benguela, enviado de alberto Ngalanela secretário provincial do mesmo partido, disse: Chega a mortes inglórias de militantes do seu partido. Neleho, responsabilizou a morte de Kayumba, nas mãos de António Saraiva, Administrador municipal do Cubal, e ao da comuna da Kapupa. E advertiu a comunidade nacional e internacional que: Só na província de Benguela o seu partido perdeu durante os dez anos de Paz, 31 militantes a envenenamentos e torturas politicas ou mesmo por intolerância política.   

Fonte: Jornal Terraangolana em Benguela  

"Angola precisa libertar-se da dependência do petróleo", diz Justino Pinto de Andrade


No aniversário dos dez anos de paz em Angola, o economista Justino Pinto de Andrade acredita que riquezas como petróleo e diamante precisam impulsionar outros setores da economia do país, como a indústria e agropecuária.

Ele é descrito em Angola como um intelectual de mão cheia. Diretor da Faculdade de Economia da Universidade Católica, é ainda cronista, escritor e comentarista político da Rádio Ecclésia, a emissora católica de Angola. Justino Pinto de Andrade também é presidente do partido da oposição, Bloco Democrático.

Antigo membro de proa do MPLA na luta de libertação, ele já foi preso varias vezes por discordar do status quo político em varias épocas. Também foi preso político em Angola e no campo de concentração do Tarrafal, em Cabo Verde, durante o período colonial.

Em entrevista à DW África, Justino Pinto de Andrade diz que Angola precisa gerar desenvolvimento, e não apenas crescimento econômico. E assinala as principais conquistas do país nos últimos dez anos.

DW África: Quais são, do seu ponto de vista, as maiores conquistas dos dez anos de paz em Angola?

Justino Pinto de Andrade: Muita gente regressou ao interior do país, voltou ao seu habitat natural, com seus familiares, e este reencontro é positivo.

Hoje também já podemos circular dentro do país sem grandes dificuldades. As estradas foram reconstruídas, outras foram construídas, então os angolanos já podem circular por estrada, o que era impossível no passado.

DW África: Depois da paz, Angola teve um crescimento notável em vários aspectos, principalmente econômico. Como se pode explicar, na sua condição de economista, que estes dividendos da paz não sejam notáveis em todos os setores da vida nacional?


Dez anos do fim da guerra civil trouxeram melhorias, mas ainda há muito por fazer
JPA: Bom, são dez anos, não são cem anos. E em dez anos é possível fazer alguma coisa, não é possível fazer tudo. A paz permitiu que alguns setores da nossa sociedade se beneficiassem de forma grandiosa, e outros ainda estão a conhecer apenas alguns benefícios, mas há também quem tenha conhecido malefícios. Em resumo, há benefícios diretos e há benefícios indiretos. O que nós queremos hoje são os benefícios diretos.

Não queremos só estradas e pontes. Nós não queremos só poder circular, nós também queremos que haja um aumento no rendimento das famílias, para que se possa viver com maior desafogo, com maior qualidade de vida. É isto que está a faltar. Mas com o tempo e com outras políticas mais ajustadas, nós poderemos seguramente melhorar aquilo que está mal.

DW África: Angola é um país com muita riqueza, como o petróleo e a extração de diamantes. Podemos dizer que esta riqueza se trata, na verdade, de uma maldição?

JPA: Pode ser uma bênção e pode ser uma maldição. Será uma bênção se ela permitir não só aumentar o rendimento global da nossa sociedade, mas permitir também induzir outros rendimentos. Será uma maldição se ela matar outros setores de atividade.

Por exemplo, nas Lundas, que é a zona mais privilegiada em termos de diamantes. Nas Lundas o diamante não é uma bênção; é uma maldição, porque nem toda a gente se beneficia do diamante. As populações originárias daquela zona não tiram benefício do diamante. Apenas algumas pessoas têm benefício com os diamantes.

E inclusive quando se explora o diamante, impede-se o desenvolvimento da agricultura e da pecuária, e nós sabemos que as Lundas são zonas que deveriam ser zonas privilegiadas de produção agropecuária, por exemplo. Não há outras indústrias também que tenham sido induzidas pelo diamante nas Lundas.


Moradores de Cabinda não veem benefícios do petróleo
Assim como em Cabinda, onde pelo menos 50% do petróleo são extraídos, nós sentimos que as populações não se beneficiam diretamente da grande riqueza que têm no seu mar. E por isso dizer ao povo de Cabinda que o petróleo é uma bênção é estar a gozar com o seu destino. Porque inclusive por causa desta riqueza e de outras questões desevolve-se ali um conflito que tem custado uma grande instabilidade e até muitas vidas humanas naquela região do país.

É evidente também que hoje se assiste em outras áreas do país a produção agrícola, o surgimento de alguma indústria, o alojamento do comércio, mas tudo isso está condicionado ao petróleo. E quando o petróleo condiciona o desenvolvimento nas outras áreas, significa que um mal momento para o petróleo se transformará também num mal momento para as outras áreas.

Nós temos que alargar o leque da nossa atividade econômica, temos que reduzir cada vez mais a nossa dependência em relação ao petróleo e não estamos a conseguir com êxito ainda. Ainda estamos fortemente dependentes do petróleo.

DW África: O que acha sobre a questão das liberdades, comparando antes do fim da guerra e hoje, qual seria o seu balanço?

JPA: Nós durante a guerra centrávamos toda a nossa atenção sobre o conflito e tudo era desculpável em nome do conflito, inclusive violações flagrantes dos direitos humanos e das liberdades das pessoas. Hoje nós não temos guerra e continuamos a ter flagrantes violações dos direitos humanos em Angola e limitações bastante grandes às nossas liberdades.

Eu penso que isto é fruto da cultura que prevaleceu não só por causa da guerra mas também pela cultura política do partido único. Isto é, deixar formalmente que os outros existam, mas na realidade, na prática, condicionar demasiado a sua atividade. E isto na realidade não pode ser visto como democracia. Nós estamos a viver um momento de contração no espaço das liberdades dos cidadãos.

DW África: Para os próximos dez anos de Angola, qual seria o seu desejo?

JPA: Primeiro de tudo que o país se pacificasse na íntegra. Segundo, que nós tivéssemos um maior desenvolvimento econômico, não só crescimento econômico: um crescimento que se refletisse sobre a vida das pessoas em todas as suas dimensões. Além disso, que nos libertássemos da forte dependência que temos do petróleo e que também tivéssemos uma vida política mais ativa, mais livre e mais democrática.

Angola: Albinismo sinónimo de discriminação.


Recentemente, um jovem albino, foi expulso de um estádio de futebol por alegado pacto com forças ocultas.


Crenças, superstições, discriminação e preconceito são alguns dos desafios de muitos albinos em África.

Na Tanzânia, por exemplo, crenças há de que os albinos têm poderes mágicos e por isso os seus ossos e cabelos são comercializados a 200 dolares.

Em outros países como no  Burundi e no Ruanda, muitos albinos são hostilizados, linchados e mortos.

Apesar de se dizer que Angola é um dos países mais pacíficos quanto às crenças e supertisções em torno dos albinos o preconceito e a discriminação são cada vez mais acentuados.

Recentemente, um jovem albino, foi expulso de um estádio de futebol por alegado pacto com forças ocultas. Há quem acreditasse que a sua presença no local favoreciaria a vitória de uma equipa em detrimento da outra.

É cada vez mais comum, cruzar-se com pelo menos um albino nas ruas de Luanda. E Yolanda é uma destas pessoas, a jovem conta-nos que metade da sua infancia viveu quase que escondida das outras crianças.

Hoje aos 25 anos, Yolanda disse que a maior discriminação quem tem sofrido é ser tratada as vezes nas ruas “ por quilomba” termo que muitos dos angolanos usam como forma de discriminação.

Parece que nenhum albino escapa a este tipo de discriminação. Guilherme, recorda que recentemente, depois de muitos anos, reviveu na igreja o que há muito  tivera passado.
De acordo com Guilherme, muitas vezes a hostilização, discriminação e os estereótipos surgem mesmo por parte de familiares.

Entretanto Guilherme Santos disse que teve mais protecção de familiares e de amigos do que discriminação. Falou ainda do preconceito construído psicologicamente que ainda persiste na sociedade.

Guilherme lançou alguns desafios que podem ser ultrapassados se todos estiverem envolvidos em dar apoio psico-social aos familiares de pessoas com deficiência na melanina.
Guilherme Santos acha que é possível acabar com a problemática da exclusão social contra os albinos.

Actualmente ele  é presidente da Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA), cargo que para Guilherme prova que os albinos são tão capazes como qualquer outra pessoa.
No entanto Yolanda também luta para demonstarar à sociedade as suas capacidades. Aos 25 anos, Yolanda tem uma filha, na qual receava que a mesma apresentasse também ausência completa ou parcial de pigmento na pele.

Viúva e órfã de pai. Yolanda tem passado por imensas dificuldades, como a falta de emprego e dinheiro para terminar a sua licenciatura em serviço social.

Optimista, Yolanda Alfredo, disse não associar a falta de emprego e consequentemente o dinheiro ao facto de ser albina, mas sim porque o país não oferece oportunidades de trabalho aos jovens.

O albinismo é causado por uma deficiência de melanina. A discriminação contra albinos é um problema grave em África.  No entanto Angola é um dos poucos países onde a carga preconceituosa que incluem pratica de crenças, discriminação e esteorotipos não é tao forte se comparada outros países da Africa central dos Grandes Lagos.

sábado, 28 de abril de 2012

O TERRORISMO DO ESTADO ANGOLANO



Mais uma vez os jovens angolanos do interior foram vítimas do terrorismo de Estado. Pela segunda vez consecutiva os jovens que realizaram uma manifestação pacífica contra o acesso de alcolismo, a prostituição e a pobreza ontém sábado em Luanda, foram vítimas de práticas terroristas levadas acabo pelo MPLA.

Contactado pelo telefone, Hugo Kalumbo disse ter lamentado o facto de falta de um líder capaz de apoiar os jovens e as massas populares fechados numa hgaiola pelo medo.

Os jovens são acredidos diariamente sem qualquer intervenção de um partido político da oposição. O que aconteceu hoje, é lamentável e é um sinal que mostra claramente que o nosso país vai do mal para o pior frisou o co-organizador desta manifestação.

Ontém sábado 28 de abril de 2012, logo o início da manifestação em Luanda, homens armados com armas de fogo, ferros e outros materiais belicos, atacaram violentamente os manifestantes, tendo atingido dezenas entre eles e 8 com ferimentos graves. O regime de Luanda organizou uma maratona de 60 anos da empresa alcólica "CUCA" em simultânea com a manifestação dos jovens, influenciando certos entre eles, pelo consumo acessivo de álcol, tabaco e prostituição.

Os jovens fazem apelo a diáspora angolana de não ficar indiferentes diante de uma situação que deterroriza o nosso povo. Os ferimentos violentados pelos homens armados são recusados o tratamento.

Por esta razão, o MPDA lança SOS a todos angolanos de diáspora afim de alcatar finanças para ajudar os nossos irmãos do interior. A situação do nosso país é consideravelmente sombrio e grave. Desde a visita de José Durão Barroso em Angola, a situação parece cada vez mais complicada e leva prerrogativas importantes a sociedade angolana.

O mais pior sucedeu após a viagem do português Barroso de Angola, onde alguns dias depois a sua viagem, José Eduardo dos Santos precipita com as eleições para o mês de Agosto.

De facto, pretendemos saber realmente que garantias trouxe Barroso a José Eduardo dos Santos por ter utilizado este ausadia de prespitar a data das eleições e a recusa da observação da União europeia as próximas eleições anunciadas em 31 de Agosto de 2012.

Como é possível, a UE vai recusar a sua observação num país onde a repressão torna o almoço e o jantar dos angolanos e as violências como o tratamentol

Angola não é Síria. Por isso, os angolanos dó interior e de diáspora devemos nos mobilizar contra os neocolonialistas de Luanda. Levar acabo acções musculadas contra as representações angolanas no exterior e impedir as viagens dos representantes angolanos no exterior.

O MPDA faz apelo a toda comunidade de diáspora de reiterar e solidar-se com os jovens do interior que infrentam com bravura e coragem, a luta contra a ditadura, o acesso do alcolismo, a corrupção e a miséria em Angola.


Fonte:MPDA

Nepotismo à olho nú - regime angolano espanca manifestantes e promove o alcoolísmo – Pedrowski Teca


Luanda  -  Segundo relatos na rede social, Facebook, hoje, Sábado 28 de Abril de 2012, o regime angolano dispersou à tiros um grupo de jovens manifestantes que pretendiam marchar contra o alcoolismo, a prostituição e a violência doméstica em Angola.


Fonte: Facebook


Noutro lado, o regime, através do Governo Provincial de Luanda (GPL), preferiu dar o espaço do Largo da Família (Largo da Independência) à maior empresa de àlcool em Angola, a Cuca, para a realização de uma festa.


No mesmo dia, o Largo da Família poderia inicialmente albergar uma actividade da braço juvenil da Unita, a JURA. A actividade foi suspensa pelo GPL para acomodar a festa organizada pela CUCA.


Segundo relatos, os agressores dos jovens manifestantes no Cacuaco estavam munidos de barras de ferro e picaretas.


“Um grupo de jovens do Cacuaco pretendia realizar hoje uma marcha para protestar contra o excesso de consumo de álcool no Município. Todos os fins de semana há cerveja ao desbarato em maratonas do regime o que desnorteia a juventude e contribui para a delinquência,” relatou Filomeno Vieira, Secretário Geral do Bloco Democrático (BD).


No seu relato no Facebook, Lopes acrescentou que “os manifestantes foram dispersos com violência por milícias associadas às forças policiais, munidos de barras de ferro e picaretas”.


“Há, pelo menos, um ferido em estado grave e a zona do Colégio Sacriberto encontra-se completamente cercada.



“O regime promove o alcoolismo e todos que pretendem sensibilizar as populações em sentido contrário são agredidos institucionalmente,” estressou.


Em gesto mais detalhado, um cidadão, Alexandre Neto Solombe, descreveu a situação no Facebook:


“A polícia dispersou há instantes uma concentração de jovens, nas imediações do antigo posto de controlo, no município do Cacuaco. Há relatos de feridos, dois, e um número ainda não determinado de detidos. Segundo Hugo Kalumbo, um dos responsáveis pela organização da marcha, a polícia contou com o auxílio de elementos a civil que se supoe estarem afectos à milícia pro-governamental”.


Solombe acrescentou que “segundo os organizadores, a marcha percorreria a via principal, com destino à Cacuaco, contra o alcoolismo, a prostituição e a violência doméstica. Ainda de acordo com as mesmas fontes todas as demarches legais tinham sido tomadas para que o movimento saisse a rua. Pelo menos 100 pessoas marcaram presença no local de acordo com testemunhas, um dado por nós não verificado”.


“O G.P.L, preferiu dar espaço à Cuca para fazer a sua “festa” no Largo da Família (Largo da Independência), enquanto os jovens que manifestam-se contra o alcoolismo e são espancados,” relatou outro jovem, Jandiro Maurício.


Referente a situação entre a JURA e a CUCA no Largo da Família, um jovem, Fonseca Bengui, postou no Facebook:


“Acabo de testemunhar mais acto de intolerância. A JURA, juventude da UNITA, programou uma actividade que inicialmente teria lugar no Largo da Família. O governo recusou alegando que haveria outra actividade lá. RFA feriram para o largo da CIMEX, ao lado dos Congolenses. Não é que logo pela manhã um outro grupo colocou música no local para saudar o primeiro de maio.”


“Agora os jovens da Jura andam ai sem saber como realizar a sua actividade. Esta uma confusão, não sei como isso vai terminar. A polícia esta nos arredores e os activistas da JMPLA (Juventude do MPLA) também, aparentemente coordenando com a Polícia. Não sei como isso vai terminar. Estou a testemunhar isso porque é mesmo em frente à minha igreja, onde me encontro neste momento. Que democracia é essa?”
Até ao momento, não se tem informação