segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Angola tem novo partido político, o Bloco Democrático

Herdeiro legitimo dos valores gerados pela histórica resistência angolense pela liberdade inaugurada pelos mais prestigiados lideres do movimento de libertação angolano, o Bloco Democrático é não só a um reerguer da FpD mas, antes e acima de tudo, a afirmação da impossibilidade de extinção das aspirações à liberdade e direitos que presidiram à luta pela independência de Angola e à resistência contra o monopartidarismo, regime que traiu os valores essenciais da meta da luta contra o colonialismo – liberdade e  bem estar estar.
Meta que não se resumia só à apropriação absolutista do poder e de privilégios por uma elite mas que acima de tudo sempre foi consubstanciada pela libertação e a realização do bem estar de todas as angolanas e angolanos. O ideal nacional da liberdade e duma Angola feita terra boa para todos vivermos têm no BD um firme porta-bandeira da resistência pelo Estado de direito e pela democracia. Luiz Araújo
Em Angola, acaba de ser criado um novo partido político, formado por um grupo de académico e advogados, que se consideram uma alternativa ao Movimento Popular de Libertação de Angola, MPLA, no poder há 30 anos.
O Bloco Democrático tem como presidente o economista da Universidade Católica de Angola, e comentador na Rádio Ecclesia, Justino Pinto de Andrade e o economista Filomeno Vieira Lopes como Secretario Geral.
Outros membros da Comissão do partido incluem o conhecido docente universitário, Nelson Pestana e o conceituado advogado Luís do Nascimento, que está a defender os activistas de direitos humanos, no caso de Cabinda, que envolve acusações de crimes contra a segurança do estado.
O novo partido surge na sequência da Frente para Democracia, dissolvido após as eleições legislativas de 2008, por ter conseguido apenas 0.27 por cento dos votos.
Assinaturas
O Bloco Democrático, foi credenciado pelo Tribunal Constitucional em Agosto do ano passado, mas segundo a lei angolana, para poder iniciar as suas actividades partidárias, necessita de pelo menos 7,500 assinaturas, sendo pelo menos 150 provenientes de cada uma das 18 províncias angolanas.
O presidente do Bloco Democrático, Justino Pinto de Andrade, disse à BBC que o partido estava no processo de recolha de assinaturas, para apresentar ao Tribunal Constitucional, mas que este processo não estava a ser fácil.
Justino Pinto de Andrade disse ainda está confiante que o seu partido irá vencer as próximas eleições marcadas para 2012, pois segundo ele, os angolanos estão cansados do MPLA e querem mudanças
Ele salientou os objectivos do seu partido, que passam pelo estabelecimento do equilíbrio social e a partilha da riqueza gerada pelo petróleo, por toda a população e não apenas uma elite.
“É necessário criar uma nova força política que venha congregar a vontade política dos angolanos”, disse JPA.
Na qualidade de presidente do novo partido, Pinto de Andrade está automaticamente habilitado a concorrer à presidência de Angola, uma vez que de acordo com a nova constituição, o chefe de estado é o líder do partido que vencer as eleições.