O Bloco Democrático, na província de
Luanda, dá a conhecer à opinião pública nacional e internacional que a situação
de intolerância e repressão, no país, está a agravar-se, visando todos os
opositores do regime ditatorial de José Eduardo dos Santos e, em particular, os
elementos do Movimento de Acção Revolucionária e os militantes do BD.
São
muitas as evidências e os factos repetem-se e se acumulam, tendo ocorrido o mais
grave, ontem a noite, quando a milícia armada do regime de José Eduardo dos
Santos atacou o bunker do Movimento de Acção Revolucionária, onde nove revús se
encontravam reunidos, tendo sido surpreendidos pelo assalto de 15 elementos do
Movimento Espontâneo Armado que invadiu aquele local, armados de bastões de
ferro e armas de fogo, desferindo golpes em todas as direcções.
Desta
acção resultaram ferimentos e mazelas em todos os revús que se encontravam na
reunião e numa senhora vizinha do bunker, havendo muitas lesões físicas graves.
As
acções de intimidação e repressão repetem-se constantemente por todo lado, onde
se manifeste uma acção de verdadeira oposição ao regime de JES. Pressão sobre
os proprietários das casas arrendadas para que estes resolvam o contrato,
assaltos, ameaças a integridade física das pessoas, fogo posto em residências,
terrorismo psicológica sobre as famílias… …tudo serve para tentar parar o
movimento de contestação da ditadura.
O
regime perdeu a vergonha de se apresentar com a sua face violenta e repressiva
e tem a reacção desfavorável da opinião pública nacional e internacional como
um risco calculado que prefere correr, reduzindo os seus efeitos com a máquina
da sua propaganda, do que ver uma manifestação se agigantar, exigindo a saída
do poder de José Eduardo dos Santos, fartos que todos estamos da sua ditadura
de quase 33 anos. Vai pois continuar a massacrar os seus verdadeiros
opositores, enquanto vai dar visibilidade aos continuístas ditos da oposição
para legitimar a democratura.
O
BD – Luanda apela pois que se forme uma corrente de solidariedade, nacional e
internacional, para com o movimento unido contra a ditadura, que ajude a
proteger os seus activistas e os apoie moral e materialmente para que possa
prosseguir na sua acção de resistência e luta contra a ditadura.
O
BD exige da Polícia Nacional o mesmo zelo que demonstrou quando dos actos de
violência, ocorridos na província de Benguela, protagonizados por um grupo de
apoiantes da Unita (que a sua direcção condenou prontamente), o mesmo empenho
para denunciar e a mesma diligência para prender os actores desta actividade
terrorista continuada contra os activistas do Movimento de Acção Revolucionária
e contra os militantes do BD.
O
BD exige da direcção do Hospital Américo Boavida e da Ordem dos Médicos de
Angola abertura de um processo disciplinar e deontológico aos médicos de
serviço, ontem à noite, no Banco de Urgência daquela unidade hospitalar
pública, por denegação de assistência médica à pessoa necessitada, o que
constitui incumprimento de contrato de trabalho e flagrante violação do código
de ética e deontologia da profissão e do juramento de Hipócrates que fizeram no
fim da sua formatura.
A
luta é o caminho da Liberdade, Modernidade e Cidadania activa.
Luanda,
23 de Maio de 2012.
A
coordenação do BD-Luanda
Luís de Nascimento
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