Kamy
Pena ex-guarda-costas e sobrinho do líder histórico da UNITA, Jonas Savimbi,
acusou a polícia de perseguição política.
Por
seu lado, o secretário provincial da UNITA em Benguela, Alberto Ngalanela, diz
que está a ser alvo de ameaças de morte desde a passada quinta-feira, por
sectores que o seu partido identifica como sendo dos “serviços secretos”.
As
declarações de Kamy Pena, à Voz da América, surgem na sequência das acusações
feitas pela polícia, segundo as quais o antigo guarda pessoal de Savimbi teria
orientado a queima de uma viatura da operadora Unitel no passado dia 6 na
comuna do Kulango, província de Benguela.
“Como
princípio a polícia deve seguir o cidadão para proteger, mas agora perseguir
alguém para acusar, isso é grave para mim” afirmou o brigadeiro Pena.
Refira-se
que, a queima da viatura deu-se quando o motorista não identificado da mesma,
atropelou mortalmente, o cidadão Venâncio Comboio, militante da UNITA, que
conduzia uma motorizada integrada na caravana dos que regressavam do comício do
seu partido realizado no município do Bocoio.
Face
ao ocorrido, o motorista da referida viatura pôs-se em fuga, sob cobertura do
tiroteio aberto pelos agentes da polícia aí presentes, abandonando assim a
viatura e o cadáver, o que provocou a ira dos componentes da caravana que
incendiaram a automóvel.
Kamy
disse que, ao sair do acto de massas acompanhado de seu primo, o filho de
Savimbi, Rafael Massanga Savimbi, chegou ao local do acidente, minutos depois
do incêndio onde foi obrigado a parar o seu carro, por um responsável da
polícia que estava com todos os dados do carro, nomeadamente, a chapa de
matriculo e marca.
O brigadeiro
Kamy, afirmou que foi forçado a depor na polícia de investigação sob acusação
de ter entregado o combustível aos revoltados para queimarem o carro.
“Se
realmente fui eu, ou alguém viu alguém a sair do meu carro, a pessoa que viu
que se declare, porque senão caímos num ciclo de intrigas".
No
meio dessa tensão política que impõe as autoridades e o maior partido da
oposição, Alberto Ngalanela, disse ter começado receber ameaças de morte.
O
político alega ter recebido cerca de 10 mensagens no seu celular dum número
assinado pelo nome de Gigolo que diz ser do partido no poder, proferindo
ameaças de mortes e ofensa.
“Não
é um cobarde que vai nos amedrontar” disse o político acrescentando que “mas
também a policia não deve olhar isso de ânimo leve, porque já no dia 17 de
Março aquando do comício no Cubal, ameaçaram retaliar contra todos que
assistiram ao comício; a policia minimizou e no dia 12 Abril a ameaça foi
consumada (com, o assassinato de um militante da UNITA)”.
Por
dificuldades de comunicação que se registam na província, a VOA não conseguiu
ouvir a reacção da polícia.
Fonte:VOA
Fonte:VOA
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