Líder
histórico Nzita Tiago não afasta hipótese de diálogo. Dissidente Afonso
Massanga diz que se trataria de capitulação.
A
possibilidade de conversações entre os separatistas cabindenses e o governo
angolano continua a dividir as várias facções da FLEC.
De
um lado o líder histórico Nzita Tiago que não afasta a hipótese de diálogo. Do
outro o líder dissidente Afonso Massanga que acha que negociações seriam
sinónimo de capitulação.
A
VOA ouviu os dois líderes para se inteirar das suas leituras do momento actual
em Cabinda.
A
facção cabindense da FLEC liderada por Nzita Tiago voltou a propor a realização
de conversações com o governo angolano acerca do futuro do território.
Nzita
Tiago afirmou à VOA que tem que haver um encontro com o governo angolano para
se ultrapassar o impasse actual.
A
proposta de conversações feita por Nzita Tiago foi entretanto mal recebida pela
facção da FLEC chefiada por Afonso Massanga que afirmou à VOA que no momento
actual participar nessas negociações seria fazer o jogo do MPLA.
Nzita
Tiago insiste na necessidade do diálogo acusando a facção de Massanga de estar
a fazer propaganda contra a sua pessoa quando o acusam de aceitar um estatuto
de autonomia para Cabinda.
Na
sua entrevista à VOA Nzita Tiago manteve contudo uma posição ambígua acerca da
autonomia ou da independência do território.
Nzita
Tiago revelou também que tinha proposto uma reunião de todas as facções
cabindenses antes das conversações com o governo.
A
proposta de uma tal reunião foi entretanto frontalmente rejeitada pela facção
de Afonso Massanga. Para aquele líder dissidente da FLEC essa proposta não
passaria “de uma cedência ao governo angolano”.
Fonte:voa
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