Intolerância Política no interior da Província de Benguela em ano de eleições .
Que
matou Manuel Lourenço (Kayuma)? Foi o MPLA!... Estas, foram as palavras de
ordem, pronunciadas pelos militantes da UNITA, num discurso proferido por
Augusto Neleho, secretário provincial de Benguela para os assuntos eleitorais do
maior partido na oposição.
Isabel
Ndjepele mãe três filhos, contou ao jornal Terraangolana que no dia 9 de Abril pelas 20 horas, 8
elementos estranhas apareceram em sua casa perguntando pelo seu esposo, tendo
acabado por romper com a porta e leva-lo para fora da sua própria residência,
já sob fortes torturas, mais tarde transportado numa motorizada, para um local
incerto onde acabou por ser executado.
A
UNITA no Cubal, apontou nomes como o de Valentino Kandombe Kassua, Pedro
Njongo, Agostinho Tchinjola, Fernando Ndombe, Daniel Uta, Muenho, Manuel Mule e
Kalitangui, como sendo os principais mentores da acção de segunda feira dia 9, nas matas da aldeia de Kaipumba.
Leão,
o comandante municipal da polícia nacional do Cubal, disse ao telefone a nossa
reportagem, não ter informações certas se o conflito era entre a UNITA e o
MPLA.
De acordo com o comandante Leão, a polícia nacional apurou que, a barbaridade sobre o malogrado Manuel Lourenço, (Kayumba) esta ligada a desentendimentos familiares.
Refira-se
que, dos 8 elementos criminosos, apenas 5 estão a contas com a polícia
nacional, e outros três no rastejo, segundo contou o responsável e
representante do comandante provincial da polícia nacional António Maria Sita
em Benguela.
Isabel
Ndjepele viúva, em entrevista concedida ao Terrangolana, desconsiderou as
alegações do comandante municipal da polícia, quando dizia ser conflito de
origem familiar. Ndjepele fez crer que, o malogrado Kayumba, não era natural do
Cubal- Benguela, era sim de Kakonda província da Huila. O falecido malogrado
Kayumba, não tinha familiar algum no município do Cubal.
Augusto
Neleho secretário provincial para os assuntos eleitorais da UNITA em Benguela, enviado
de alberto Ngalanela secretário provincial do mesmo partido, disse: Chega a
mortes inglórias de militantes do seu partido. Neleho, responsabilizou a morte
de Kayumba, nas mãos de António Saraiva, Administrador municipal do Cubal, e ao
da comuna da Kapupa. E advertiu a comunidade nacional e internacional que: Só
na província de Benguela o seu partido perdeu durante os dez anos de Paz, 31
militantes a envenenamentos e torturas politicas ou mesmo por intolerância
política.
Fonte: Jornal Terraangolana em Benguela
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