terça-feira, 12 de junho de 2012

nova manifestação de estudantes à vista para sabado dia 16 de Junho.


O autodenominado Movimento Revolucionário Estudantil, marcou manifestações para este sábado em Angola, para exigir responsabilização criminal da milícia que tem vindo a reprimir manifestantes…
Hugo Kalumbo, um dos líderes dos protestos, disse à Voz da América que a manifestação será realizada em simultâneo nas províncias angolanas de Benguela, Huambo e Luanda.
Kalumbo referiu, ainda, que os protestos estão ser programados para decorrerem defronte as instalações do TPA – Televisão Publica de Angola – que segundo ele tem promovido está milícia.

Um grupo descrito como milícias pró-governamentais, tem vindo atacar os organizadores das manifestações contra José Eduardo dos Santos, desde Março de 2011, resultante em ferimentos graves e raptos.

Várias organizações, nomeadamente a Amnistia Internacional e a Human Rights Watch, têm instado as autoridades angolanas a abrirem um inquérito para a responsabilização criminal dos autores da repressão violenta dos manifestantes.

Lisa Rimili, pesquisadora da Human Rights Watch, disse à Voz da América que o surgimento destes – que actuam de forma cada vez mais violenta e com a conivência da polícia nacional­ – é um elemento no sistema repressivo angolano.

“Também há outros elementos novos que preocupam bastante que é a escalada da violência. Grupos de indivíduos que têm agido nas manifestações, são armados com faca, pistolas paus e ferros e batem logo à partida para impedir as pessoas de se manifestar”.

Rimili mostrou-se preocupada com os ataques contra os líderes da oposição sobretudo neste ano eleitoral.

“Também outro elemento novo que nos preocupa bastante é que grupos de indivíduos armados têm forçado a entrada em casas particulares para bater nos líder das manifestações e também um politico do Bloco Democrático” afirmou Rimli acrescentando que “tudo isso são crimes não podem ficar impunes”.

Para um país que sofreu durante décadas com a  guerra, a juventude começa  buscar activamente maneiras práticas e não violentas para o avanço dos direitos humanos. As autoridades alegam que estão a assegurar a protecção do direito à liberdade de expressão e de reunião em Angola.

Fonte:VOA

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