O
autodenominado Movimento Revolucionário Estudantil, marcou manifestações para
este sábado em Angola, para exigir responsabilização criminal da milícia que
tem vindo a reprimir manifestantes…
Hugo
Kalumbo, um dos líderes dos protestos, disse à Voz da América que a
manifestação será realizada em simultâneo nas províncias angolanas de Benguela,
Huambo e Luanda.
Kalumbo
referiu, ainda, que os protestos estão ser programados para decorrerem defronte
as instalações do TPA – Televisão Publica de Angola – que segundo ele tem
promovido está milícia.
Um
grupo descrito como milícias pró-governamentais, tem vindo atacar os
organizadores das manifestações contra José Eduardo dos Santos, desde Março de
2011, resultante em ferimentos graves e raptos.
Várias
organizações, nomeadamente a Amnistia Internacional e a Human Rights Watch, têm
instado as autoridades angolanas a abrirem um inquérito para a
responsabilização criminal dos autores da repressão violenta dos manifestantes.
Lisa
Rimili, pesquisadora da Human Rights Watch, disse à Voz da América que o
surgimento destes – que actuam de forma cada vez mais violenta e com a
conivência da polícia nacional – é um elemento no sistema repressivo angolano.
“Também
há outros elementos novos que preocupam bastante que é a escalada da violência.
Grupos de indivíduos que têm agido nas manifestações, são armados com faca,
pistolas paus e ferros e batem logo à partida para impedir as pessoas de se
manifestar”.
Rimili
mostrou-se preocupada com os ataques contra os líderes da oposição sobretudo
neste ano eleitoral.
“Também
outro elemento novo que nos preocupa bastante é que grupos de indivíduos
armados têm forçado a entrada em casas particulares para bater nos líder das
manifestações e também um politico do Bloco Democrático” afirmou Rimli
acrescentando que “tudo isso são crimes não podem ficar impunes”.
Para
um país que sofreu durante décadas com a
guerra, a juventude começa buscar
activamente maneiras práticas e não violentas para o avanço dos direitos
humanos. As autoridades alegam que estão a assegurar a protecção do direito à
liberdade de expressão e de reunião em Angola.
Fonte:VOA
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