Até ao momento (4 de Junho),
o gabinete presidencial não desmentiu a fuga
de informação posta a circular em Luanda, segundo as quais partiu de si, ordens
expressas para “executar” o grupo
de jovem que lideram o “Movimento
Revolucionário”, mais concretamente aqueles que pertenceram a UGP – Unidade da Guarda Presidencial – e
que, nos termos da Constituição, decidiram exercer o direito à manifestação
pacífica no passado mês de Maio.
As informações apontam como “executados” os cidadãos Alves Kamunlingui e Isaias
Kassule, ex-militares da UGP, que foram raptados por “forças estranhas” nos
dias 27 e 28 de Maio respectivamente
e as famílias não sabem do seu
paradeiro. A Polícia diz que
também não sabe do paradeiros dos
mesmos.
A fuga da informação terá partido de sectores da UGP, em que o
denunciante afirma ter “provas” de que receberam
ordens expressas, para “executar” os seus “companheiros”.
Solicitado a reagir o
assunto, uma fonte que solicitou o anonimato, esclareceu que: “A Constituição da República não só permite e
protege o direito à greve, o direito de reunião e o direito à manifestação,
como proíbe o atentado à vida e à integridade física, a justiça por mãos
próprias e a pena de morte”.
De acordo com mesma
fonte “Se se provar que houve
efectivamente crime de homicídio e que José Eduardo dos Santos é de facto o
autor moral desses crimes, então os Deputados poderão iniciar o processo de
destituição do Presidente para posterior criminalização, nos termos da lei.”
De lembrar que Alves
Kamunlingui, segundo relataram companheiros, terá sido raptado nas imediações do largo Sagrada Família,
depois que foi dispersada do largo do BNA e imediações do Baleizão, na baixa de
Luanda pelas forças policiais e para-militares a concentração de manifestantes.
O desaparecido ter-se-ia
refugiado no hotel Skyna, de onde ainda foi capaz de falar aos outros por
telefone. Enquanto permaneceu na unidade hoteleira, foi contactado por telefone, e descreveu
as circunstâncias do cerco a que se via sujeito.
Os antigos militares da
UGP, unidade de guarda presidencial, que se declararam tomarem parte da
pretendida manifestação no palácio presidencial, foram convocados para um
encontro na quinta-feira (31) com os
responsáveis da Casa-Militar, supostamente realizado no estádio 11 de Novembro.
Fonte:CLUB-K.NET
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