Foi
adiada para data incerta uma manifestação de jovens, em três províncias de
Angola, destinada a exigir ao Estado, medidas contra as milícias que atacam
manifestantes não-governamentais. Isto porque o anúncio da manifestação foi mal
recebido pelas autoridades.
Alguns
membros do autodenominado Movimento Revolucionário Estudantil, começaram a ser
alvo de intimidações, depois de terem convocado manifestações para este sábado,
para exigir responsabilização criminal da milícia que tem vindo a reprimir
manifestantes.
Hugo
Kalumbo, um dos líderes da manifestação, disse à Voz da América que, por causa
das pressões exercidas – e citamos – “pelos capangas de José Eduardo dos
Santos”, os membros do Movimento Revolucionário decidiram adiar os protestos
para uma data a indicar. Alega que o adiamento irá permitir aos protestantes
encontrar mecanismos de segurança para lidar com as ameaças e riscos.
As
ameaças de morte, raptos e agressões contra os jovens, segundo Kalumbo,
intensificaram-se apos a divulgação do plano dos protestos de sábado, através
da VOA.
Como
alternativa, acrescentou a fonte, este sábado os jovens irão sair as ruas para
distribuir panfletos do Movimento Revolucionário Estudantil e realizar
campanhas de sensibilização ambiental, drogas e álcool.
Questionado
sobre a detenção do rapper angolano Luaty Beirão ao fim do dia 11 de Junho, no
Aeroporto da Portela, em Lisboa, onde desembarcou proveniente de Luanda,
Kulumbo, desafiou José Eduardo dos Santos a negar o seu envolvimento neste
caso.
Refira-se
que, a manifestação seria realizada em simultâneo nas províncias angolanas de
Benguela, Huambo e Luanda.
Os
protestos tinham sido programados para decorrerem defronte as instalações da
TPA – Televisão Publica de Angola – que segundo ele tem promovido esta milícia.
Um
grupo descrito como milícias pró-governamentais, tem vindo atacar os
organizadores das manifestações contra José Eduardo dos Santos, resultando em
ferimentos graves e raptos.
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