"ATÉ QUANDO"
Depois de Angola alcançar a paz em Abril de 2002, o Governo angolano, decretou os anos que se seguem como sendo os de “transformar Angola num verdadeiro canteiro de obras”, a sociedade civil com o seu olhar clínico viu de bom grado a iniciativa do Governo, visto que o país durante longos anos esteve submetido a uma guerra devastadora que arruinou muitas infra-estruturas.
Desde então, os governos provinciais foram chamados a intervir elaborando os seus programas-vector no sentido de fazer corresponder ao pronunciamento do Chefe de Estado, na pessoa de José Eduardo dos Santos, porém nada levou a pensar que as obras teriam a qualidade que têm a julgar pelo poder financeiro de que o país dispõe. Particularmente em Benguela, o caso é caótico no que diz respeito a reabilitação e alargamento das infra-estruturas rodoviárias. Assemelha-se a um autêntico jogo «mete tira» de acordo com os populares que manifestaram o seu descontentamento à reportagem do nosso Boletim Informativo: “asfaltam depois tiram, escavam novamente”- afirmaram.
Segundo os nossos entrevistados, estes problemas dão a entender que a falta de um programa de acção por parte do Governo provincial é que está em causa, pois se de facto houvesse um óptimo programa em que todos aquelas Empresas que prestam serviço estivessem em sintonia, Benguela não apresentaria estes problemas de “mete tira”. Os mesmos consideram que os trabalhos de pavimentação não estão a merecer a qualidade desejada, tudo porque a fiscalização é ainda muito débil. Os nossos entrevistados, afirmaram que cada um de nós deve ser um fiscal e tem direito de manifestar o seu descontentamento tudo porque o dinheiro é com certeza tirado dos cofres do estado, e é pertença de todos os Angolanos.
As escavações feitas nas estradas para alegada instalação de fibras ópticas têm causado imensos transtornos aos utentes da estrada, e os mesmos apelam ao governo que quando outras estradas estiverem a serem criadas, estejam acompanhadas de um programa que visa prever já a instalação de todas as redes necessárias (entre água, luz, telefono, etc) para que não haja esses gastos desnecessários de verbas extraídos do erário público. A lei da probidade pública que está em vigor desde 29 de Junho, de iniciativa do Governo de Angola é bem-vinda, desde que a mesma venha surtir efeitos, e disciplinar veementemente os gestores públicos que fazem do erário público a sua fonte de enriquecimento.
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